Associação dos Produtores da Estância da Figueira

UM POUCO SOBRE A APESFI

Criada em maio de 1998, a associação dos Produtores da Estância da Figueira (APESFI) conta com 26 famílias associadas.

A sede está localizada na Estância da Figueira 2º distrito de Canguçu,na ex escola Francisco Assis Da Fonseca ao lado da sede da antiga Fazenda Estância da Figueira(hoje cemitério).

Reuniões toda as 3º quinta de cada mês

Tem como Objetivo a identificação de demandas construção de parcerias a promoção da cultura, capacitação, informação e sobretudo a união da comunidade.

Dentre suas principais realizações; Reuniões técnicas(emater),Curso Senar,debate constante sobre questões sociais,escola dominical,aulas de música(flauta e violão),grupo de mulheres(parceria c/ capa),ponto de pregação(IECLB paróquia Paz de Nova Gonçalves),atendimento médico e odontológico(unidad móvel prefeitura),programa de aquisição de sementes de milho(troca-troca)e mudas em geral(sec. da agricultura),festa anual do Agricultor.

Presidente:Éder Raatz Blank
mais informações e-mail: apesfi98@yahoo.com.br
HISTORIA DA ESTANCIA DA FIGUEIRA





Pena que o Casarão foi destruído,hoje pior ainda as ruínas estão cobertas de cal e cercadas de arame com farpas. Um verdadeiro desrespeito ao patrimonio Cultural! Bela foto,de dois anos atrás.
A Comunidade da Estância da Figueira
A comunidade da Estância da Figueira, localizada no 2º distrito de Canguçu, limita-se a leste com a localidade de Colônia Palma, a oeste com Iguatemi, ao norte com Cordilheira e ao sul com Nova Gonçalves.
O nome da localidade foi originado de enormes figueiras existentes próximo à fazenda que possuía uma área de 2.000 hectares, cujas terras eram de propriedade de um fazendeiro uruguaio, Sr. José Maria Fonseca, pai do Sr. Manuel Silveira da Fonseca, conhecido popularmente como “Maneco”, nascido no ano de 1836 e alcançando a idade de 85 anos.Ainda hoje existem no local ruínas de um casarão construído em 1824 pelos escravos.O prédio foi edificado com diversos aposentos na época, inclusive com uma senzala, onde os escravos eram recolhidos durante a noite.
Esse casarão foi destruído durante um incêndio, na época da Revolução de Zeca Neto – José Antônio de Souza Neto, revolucionário que comandava no ano de 1923 um grupo de cavalarianos baderneiros disfarçados de soldados, pelo interior do estado do Rio Grande do Sul, principalmente nos municípios de São Lourenço do Sul, Canguçu e Pelotas. Esse movimento espalhou pânico entre os colonos, principalmente os de origem alemã, sendo que os agitadores roubavam deles tudo o que podiam.
Na época era comum que os moradores adotassem algumas medidas de cautela, como esconder os animais em matos, pois os revolucionários matavam-nos e levavam-nos sem dó. Também festas e casamentos eram adiados, temendo-se a invasão dos baderneiros, que além de roubar tudo o que podiam, destruíam o que sobrava.
De acordo com uma narrativa popular, numa destas ocasiões festivas, o filho do proprietário da fazenda, Sr. Venâncio Silveira da Fonseca, entrou no casarão à procura de uma arma e munição. Como não havia iluminação adequada na casa, utilizou um tição de fogo para iluminá-la e, acidentalmente, as labaredas alcançaram as palhas que havia no local, provocando o incêndio que acabou por destruir todo o casarão.
No entanto, havia uma promessa do Sr. Zeferino da Fonseca, genro do Sr. “Maneco”, de reconstruir o casarão, pois este se localizava numa região elevada de excelente vista para todas as terras da propriedade. Porém o Sr. Manuel Silveira da Fonseca, dono das terras da fazenda, por ser inimigo do genro, mandou construir dentro das ruínas do casarão um cemitério, para que ele não o reconstruísse.
Na ocasião do incêndio também se encontrava junto ao casarão um tacho com moedas de ouro, as quais derreteram com o calor do fogo, um homem astuto, vendo as moedas derretidas, afirmou que elas não tinham mais valor, levando-as consigo. Em razão desse mito, ainda hoje pessoas de diversos lugares, munidas de aparelhos detectores, vêm a procura das famosas “panelas de ouro”, porém não há provas ou vestígios que comprovam que alguém tenha encontrado algo.
Mais ou menos na virada do século XIX as terras da fazenda começaram a ser divididas entre os filhos da família e estes continuaram a vender pequenos lotes para os colonos oriundos de outros países, mais precisamente da Alemanha. Assim, uma das primeiras famílias de colonos a se estabelecer na localidade foi a família Blank, lideradas pelos senhores José Willi, Roberto e Frederico Blank, entre outros, que começaram a desbravar a terra manualmente com o auxilio de animais que serviam para preparar o solo e como meio de transporte.Esses alemães dedicavam-se principalmente ao preparo e ao cultivo da terra, plantando cereais e alimentos para a própria subsistência. Além disso, criavam alguns animais como aves, suínos, bovinos e eqüinos. Após vários anos de luta pelos moradores da localidade foi construída a escola Francisco Assis da Fonseca para atender os seus filhos, iniciando seu funcionamento em 1° de junho de 1977.História da Escola (hoje sede da associação)
Devido a distância, ao difícil acesso e à preocupação dos moradores da localidade sobre a necessidade de uma escola, estes se uniram e compraram uma área de 2500m2 para que se fosse erguido um prédio escolar e foram em busca do poder publico para apresentar um projeto no qual solicitavam a sua construção em troca da doação do terreno à Prefeitura Municipal. O então prefeito, Sr. João de Deus Nunes, aceitou o desafio por ser um ano eleitoral, e, para conseguir prestigio para o seu futuro sucessor, mandou construir apenas uma peça com área de 32m2.


O prédio que fora designado para ser uma escola possuía uma péssima infraestrutura. Nos dias ventosos não era possível abrir a porta, pois o telhado balançava muito, pondo em risco a vida dos alunos.


Conscientes do problema, novamente os pais reuniram-se e foram à luta, para reformar e ampliar o prédio, construindo uma área para abrigar as crianças nos dia chuvoso. Também na mesma ocasião construíram uma pequena cozinha e uma peça para guardar os livros que a escola possuía.


A prefeitura novamente não fez muito empenho para resolver p problema. Mandou apenas alguns tijolos, cimento, telhas e uma porta, sendo que o restante do material novamente os pais doaram, oferecendo também mão de obra.



Hoje o predio é a atual sede da associação.


Fonte: PRANKE, Neiva Venske; Monografia – Escola Multisseriada: vivencias e aprendizagem - 2006

post:André Holz

  ©Template by Dicas Blogger.

TOPO